Investigadores descobriram dentes fossilizados de uma pequena criatura semelhante a um roedor chamada Sikuomys mikros, apelidada de “rato glacial”, que viveu há mais de 70 milhões de anos no que é hoje o Alasca. Essa criatura, do tamanho de um rato doméstico, prosperou nas temperaturas congelantes e na escuridão do inverno ártico, juntamente com várias espécies de dinossauros.
Os dentes, que medem apenas de 1 a 1,5 milímetros de tamanho, foram encontrados em sedimentos coletados de três locais diferentes na Formação Prince Creek, uma área rica em fósseis de dinossauros. Os dentes eram suficientemente diferentes dos de seus parentes próximos para serem classificados como uma nova espécie.
Embora pouco se saiba sobre os comportamentos e o estilo de vida dessa criatura, os cientistas especulam que provavelmente ela permanecia ativa durante todo o inverno, se alimentando de insetos e outros invertebrados para sobreviver no ambiente hostil. Acredita-se que o pequeno tamanho do Sikuomys mikros seja uma adaptação evolutiva que lhe permitia precisar de menos alimento durante os meses de inverno.
A Formação Prince Creek, localizada ao redor do Círculo Ártico, oferece uma visão única dos habitantes pré-históricos da região durante a época dos dinossauros. A descoberta dos dentes do “rato glacial” contribui para o nosso entendimento dos diversos ecossistemas que existiam no antigo Ártico, desafiando nossas concepções sobre as limitações da vida em ambientes extremos.
Fonte: Journal of Systematic Palaeontology (agosto de 2021)