Um eclipse solar anular, que não ocorre há mais de dois anos, está programado para o dia 14 de outubro de 2023. Esse eclipse será visível na América do Norte e América do Sul. Durante um eclipse solar anular, o disco da Lua passa na frente do Sol, bloqueando parte de sua luz. Na “rota da anularidade”, os observadores poderão testemunhar a Lua passando na frente do Sol, criando o efeito de um “anel de fogo”, no qual um estreito anel de luz solar é visível ao redor da Lua.

Esse evento é espetacular, mas também é uma prévia de outro evento ainda mais extraordinário. Apenas seis meses depois, no dia 8 de abril de 2024, ocorrerá um eclipse solar total. Essa sequência de eventos não é uma coincidência, mas sim o resultado do movimento da Lua ao redor da Terra, o movimento da Terra ao redor do Sol e as leis da gravidade.

Para entender isso, podemos simplificar o sistema solar considerando que a Terra se move em uma órbita circular ao redor do Sol, e a Lua se move em uma órbita circular ao redor da Terra. Esse modelo explica fenômenos como o ciclo dia-noite, a aparente rotação das estrelas, as fases da Lua e as mudanças das estações.

No entanto, esse modelo simplificado apresenta um problema. Se a Lua, a Terra e o Sol funcionassem dessa maneira, teríamos eclipses solares todos os meses durante a fase de Lua nova e eclipses lunares durante a fase de Lua cheia. Mas os eclipses não são tão frequentes devido à inclinação da órbita da Lua, que é de aproximadamente 5,2 graus em relação ao plano orbital da Terra-Sol.

Os eclipses só ocorrem quando a Lua nova ou cheia coincide com a passagem da Lua pelos nós do plano orbital Terra-Sol. Essas condições são aproximadamente cumpridas a cada 6 meses lunares, resultando em um grupo de eclipses solares e lunares. Isso explica por que os eclipses não ocorrem com frequência.

Em conclusão, o próximo eclipse solar anular em outubro de 2023 é um evento celestial notável. Serve como uma prévia do incrível eclipse solar total que ocorrerá em abril de 2024. Esses eventos não são aleatórios, mas seguem as leis da gravidade e a intricada dança da Lua, Terra e Sol em nosso sistema solar.

Fontes:
– Time and Date: Crédito: Time and Date
– Ben Gibson/Big Think: Crédito: Ben Gibson/Big Think
– [Artigo original]