Avi Vadali, uma estudante do ensino médio na época, embarcou em uma impressionante jornada de pesquisa no Laboratório Nacional de Aceleradores Fermi, do Departamento de Energia dos EUA. Essa oportunidade permitiu que ela fosse coautora de um artigo de pesquisa sobre aprendizado de máquina e computação quântica, que foi aceito para publicação no periódico Quantum Machine Intelligence.

O interesse de Vadali pela física a levou a buscar uma posição de pesquisa durante seu último ano escolar, então ela entrou em contato com vários professores e pesquisadores. No entanto, recebeu respostas limitadas até que participou de uma conferência de física em um sábado de manhã, onde o cientista do Fermilab, Gabriel Perdue, falou sobre computação quântica. Inspirada pela forma acessível como Perdue explicou o assunto, Vadali expressou seu interesse em trabalhar com ele.

Perdue, que sabia da participação de Vadali no programa de física aos sábados de manhã, ficou satisfeito ao receber seu e-mail. Ele a convidou para se juntar ao laboratório, mas com reservas em relação à produtividade de uma estudante do ensino médio. No entanto, Vadali mostrou ser capaz e ansiosa por aprender. Perdue a tratou como uma estudante de pós-graduação, dando-lhe tarefas desafiadoras e permitindo que ela as abordasse de forma independente.

O projeto de pesquisa estava focado em desenvolver um programa que pudesse prever a confiabilidade de computadores quânticos para resolver problemas específicos. Os computadores quânticos têm o potencial de resolver problemas de forma exponencialmente mais rápida do que os supercomputadores tradicionais, mas também apresentam altas taxas de erro. Utilizando a computação clássica e algoritmos de aprendizado de máquina, a equipe procurava determinar as taxas de erro das saídas dos computadores quânticos. Essas informações permitiriam que os pesquisadores avaliassem a utilidade de realizar experimentos em computadores quânticos com base no erro previsto.

Vadali desempenhou um papel crucial na implementação do aspecto de aprendizado de máquina do projeto. Embora tivesse alguma experiência em programação e tivesse feito aulas de aprendizado de máquina, ela enfrentou uma curva de aprendizado ao se adaptar à linguagem científica e conduzir pesquisas em um nível avançado. No entanto, sua dedicação e determinação deram resultado, e ela expressou gratidão pela oportunidade que Perdue lhe concedeu.

Depois de passar um ano trabalhando com Perdue, Vadali continuou seus estudos de pesquisa no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Sua experiência no Fermilab influenciou sua decisão de se concentrar no estudo das fases fractais da matéria. Vadali acredita que a exposição precoce à tecnologia quântica, a redação de documentos acadêmicos e fazer parte de um grupo de pesquisa foram experiências inestimáveis que ajudaram a moldar sua carreira profissional.

Vadali encoraja outros estudantes do ensino médio a se comunicarem com professores e pesquisadores para adquirirem experiência em pesquisa antes de ingressarem na universidade. Ela aconselha que não se desanimem pela falta de respostas ou rejeições e que aproveitem as oportunidades que surgirem. As conquistas notáveis de Vadali como pesquisadora do ensino médio demonstram o potencial dos jovens cientistas em contribuir de maneira significativa em seus campos.

Fontes:
– Avi Vadali
– Laboratório Nacional de Aceleradores Fermi
– Quantum Machine Intelligence