Cientistas da Universidade do Havaí em Mānoa sugerem que parte da água descoberta na Lua pode ter sido gerada pela influência de elétrons de alta energia presentes na cauda magnética da Terra, que interage com a superfície lunar. Embora essa área de partículas carregadas proteja a Lua do vento solar, também a expõe a radiações que podem ser responsáveis pela formação da água lunar.
Essa descoberta complementa um estudo anterior que determinou que o oxigênio na cauda magnética da Terra está oxidando o ferro nas regiões polares da Lua. Observações de detecção remota mostram que a formação de água através da cauda magnética é semelhante à gerada pelo vento solar, sugerindo que pode haver processos adicionais de formação de água ou novas fontes que não estão diretamente relacionadas ao vento solar.
Segundo os cientistas, a face da Lua mais próxima da Terra passa cerca de 27% de seu tempo diurno afetada pela cauda magnética da Terra, momento em que o fluxo do vento solar desaparece quase completamente. Apesar desses longos períodos sem o impacto do vento solar, não foi observada uma diminuição no teor de água superficial na face próxima da Lua.
Este estudo amplia nosso conhecimento sobre a origem da água na Lua e destaca a importância de investigar as interações entre a Terra e seu satélite natural. Os cientistas continuam pesquisando para entender melhor os processos envolvidos na formação e distribuição da água na Lua.
Fonte:
– Estudo da Universidade do Havaí em Mānoa publicado na Nature Astronomy.