Ante a escassez de mão de obra e altas taxas de rotatividade na indústria de segurança, as empresas estão recorrendo aos robôs para preencher as lacunas. A ADT Commercial, um provedor líder de serviços de segurança, investiu em uma empresa de robótica chamada 1X e está atualmente testando 10 robôs humanoides em seu centro de monitoramento e nas localidades dos clientes. Esses androides são capazes de detectar perturbações ou intrusões e notificar os guardas de segurança humanos equipados com fones de ouvido de realidade virtual.
De forma semelhante, a Universidade de Nevada em Reno se uniu à Knightscope, uma empresa de robótica emergente, para implantar robôs para fins de patrulha. Esses robôs foram treinados para detectar armas e tiros, gravar em nível dos olhos, utilizar reconhecimento facial e servir como elemento dissuasor.
Outras empresas, como Ava Robotics e Ascento, também estão ingressando no mercado com seus próprios robôs de segurança. A Ava Robotics, uma divisão da iRobot, se uniu à Johnson Controls para desenvolver robôs que complementem e automatizem tarefas, enfrentem a escassez de mão de obra e permitam acesso remoto. Os robôs da Ascento são projetados para monitorar e garantir estacionamentos, gerar relatórios e auxiliar os guardas humanos na vigilância.
Embora alguns líderes do setor acreditem que os robôs continuarão evoluindo e desempenhando um papel importante nas estratégias de segurança, outros são mais céticos. O CEO da Allied Universal, Steve Jones, reconhece o potencial da tecnologia, mas enfatiza que os robôs têm uso limitado e ainda não são comuns na indústria. O CEO da GardaWorld, Stephan Crétier, não prevê que os robôs substituam os guardas humanos em um futuro próximo.
Apesar das opiniões divergentes, os investimentos em empresas de robótica focadas em segurança estão em alta. Em 2019, o investimento global em capital de risco em empresas de robótica e drones atingiu US$ 814 milhões, um aumento significativo em relação aos US$ 434 milhões em 2018.
Fontes:
– Artigo “Robots y el futuro de la seguridad”, Financial Times
– Dados do grupo PitchBook