Um novo estudo publicado na revista Biology Letters descobriu que os elefantes dependem da sua visão para manter o equilíbrio. A pesquisa foi realizada por Max Kurz e John Hutchinson, que conduziram experimentos com elefantes cativos treinados para investigar como esses animais mantêm o equilíbrio.

Estudos anteriores sugeriram que animais grandes são mais propensos a quedas e as lesões resultantes. Para os elefantes, uma queda pode ser fatal devido ao risco de danos internos ou ossos quebrados. Portanto, manter o equilíbrio é crucial para esses animais.

Os pesquisadores suspeitavam que a visão desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio dos elefantes. Eles colaboraram com treinadores da empresa Have Trunk Will Travel, que treina elefantes para fins de entretenimento, para realizar os experimentos. Quatro elefantes asiáticos foram equipados com máscaras, rastreadores GPS e acelerômetros para monitorar seus movimentos e marcha.

Durante os experimentos, os elefantes foram instruídos a caminhar em fila indiana, com o elefante de trás segurando a cauda do elefante da frente com a tromba. Algumas caminhadas foram realizadas com os elefantes usando máscaras, enquanto outras foram realizadas sem máscaras.

A análise dos dados dos sensores revelou que o momento das pisadas era inconsistente nos elefantes com máscaras. Os elefantes tinham dificuldade em manter o ritmo em certos casos. Isso levou os pesquisadores a concluir que os elefantes usam sua visão para sincronizar seus passos e manter o equilíbrio.

Este estudo fornece informações valiosas sobre os mecanismos envolvidos na manutenção do equilíbrio em animais grandes, como os elefantes. Os achados podem ter implicações na compreensão da locomoção e estabilidade de outras espécies grandes. Pesquisas adicionais nesta área podem ajudar a desenvolver estratégias para prevenir quedas e lesões nesses animais.

Fontes: Max J. Kurz et al, “O feedback visual influencia a consistência do padrão locomotor em elefantes asiáticos (Elephas maximus)”, Biology Letters (2023). DOI: 10.1098/rsbl.2023.0260