Um recente estudo realizado na Universidade de Copenhague revelou que o parasita do figado-de-chicote, conhecido por sua capacidade de transformar formigas em “zumbis” ao manipular seus cérebros, possui uma estratégia ainda mais intricada para sobreviver. O estudo, publicado na revista Behavioral Ecology, revela que o parasita pode fazer com que as formigas infectadas evitem os raios mortais do sol durante altas temperaturas, prolongando sua expectativa de vida e aumentando as chances de propagar o parasita.

A tática do parasita do figado-de-chicote envolve fazer com que as formigas infectadas rastejem de volta para a grama durante o dia, onde é mais provável que sejam consumidas por animais que pastam, como gado e veados. Ao fazer isso, o parasita assegura sua sobrevivência ao entrar no próximo hospedeiro e continuar seu ciclo de vida.

Os pesquisadores acompanharam centenas de formigas infectadas nas florestas de Bidstrup, perto de Roskilde, Dinamarca, monitorando seu comportamento em resposta a diferentes condições ambientais. Eles observaram que as formigas escalavam mais alto nas folhas de grama em temperaturas mais frias e desciam à medida que as temperaturas aumentavam. Esse comportamento sugere uma clara correlação entre a temperatura e o comportamento das formigas, com o parasita manipulando os movimentos delas para maximizar suas próprias chances de transmissão.

Embora o estudo traga à luz as estratégias sofisticadas usadas pelo parasita do figado-de-chicote, os pesquisadores continuam trabalhando para descobrir as substâncias químicas específicas usadas pelo parasita para manipular o comportamento das formigas. Ao compreender os mecanismos por trás dessa manipulação, os cientistas esperam desenvolver estratégias mais eficazes para controlar a propagação desse parasita.

De forma geral, essa pesquisa enfatiza a notável adaptabilidade e esperteza do parasita do figado-de-chicote. Sua capacidade de manipular o comportamento das formigas e sua resposta às condições ambientais destacam as complexas interações entre os parasitas e seus hospedeiros.

Fontes:
– Universidade de Copenhague na Dinamarca
– Revista Behavioral Ecology